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- Tela de Descartes Gadelha (1943- ...), pintor, desenhista, escultor e músico brasileiro, nascido em Fortaleza.
PEDITÓRIO* [441]
Por onde o homem tenha posto os pés,
deitando o sêmen vasto do progresso,
nos campos dos saberes não te meço,
oh mundo infindo e cósmico que és.
Pois tu tão grande e rico, já te peço:
não ponhas tantas bocas de viés,
à míngua, como enormes chaminés,
em formidáveis voos de retrocesso.
Vês o acará?!... Deglute os alevinos.
O tubarão engole espécies grandes
e alguém maior oprime os pequeninos.
Na condição da raça à qual não fujo,
nasci do mal? porém demais te expandes,
quando fazes de um simples teu sabujo.
Fevereiro de 2000.
Fort., 21/08/2013.
- - - - - -
(*) Este soneto hibernava já por treze anos. Entre outros, ainda dormidos em meus guardados, com leves alterações arranquei-o da gaveta pela nítida conotação social que o texto contém.
- Tela de Descartes Gadelha (1943- ...), pintor, desenhista, escultor e músico brasileiro, nascido em Fortaleza.
PEDITÓRIO* [441]
Por onde o homem tenha posto os pés,
deitando o sêmen vasto do progresso,
nos campos dos saberes não te meço,
oh mundo infindo e cósmico que és.
Pois tu tão grande e rico, já te peço:
não ponhas tantas bocas de viés,
à míngua, como enormes chaminés,
em formidáveis voos de retrocesso.
Vês o acará?!... Deglute os alevinos.
O tubarão engole espécies grandes
e alguém maior oprime os pequeninos.
Na condição da raça à qual não fujo,
nasci do mal? porém demais te expandes,
quando fazes de um simples teu sabujo.
Fevereiro de 2000.
Fort., 21/08/2013.
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(*) Este soneto hibernava já por treze anos. Entre outros, ainda dormidos em meus guardados, com leves alterações arranquei-o da gaveta pela nítida conotação social que o texto contém.