Braços da saudade
Eu queria de volta a minha estrada de chão
Ter de novo meu Carro de Boi e ouvir o berrante
O canto do Inhambu lá nos confins do sertão
Arar e semear a terra como se fazia antigamente.
Ter minha pele impregnada de terra vermelha
Depois de um dia na roça me banhar na cascata
Buscar água na nascente lá no pé da colina
Respirar o ar puro no frescor das verdes matas
E no fim da tarde sentar na minha varanda
Ver o Sol se escondendo lá de atrás das colinas
Ouvir os passarinhos cantar no fim do dia
No colo da noite quero adormecer e sonhar
Aconchegar minha alma nos braços da saudade
Do tempo que se foi e não volta nunca mais!
Volnei Rijo Braga
Pelotas: 20 / 08 / 2013