DO POETA
Fagner Roberto Sitta da Silva
Porque apenas o belo perseguia,
o poeta sentiu-se em abandono,
não tinha mais a antiga fantasia
da qual nunca pensara ser o dono.
Seguiu pisando as folhas que no Outono
dançavam pela rua, em tarde fria...
Com a alma presa em flocos de seu sonho,
dentro de sua solidão seguia...
Agora não sentia o coração,
pois estava a sentir com a razão
o que durava apenas um momento.
Porém, este poeta despertou
com o som do poema que pensou
ser uma tradução da voz do vento.
Garça, 19 de agosto de 2013.