Soneto da Loucura

A cidade enlouquece calmamente, mas não sozinha

Fiel, ela me acompanha, me imita e me desdenha

Companheira, ela partilha da minha loucura

Solitária, ela rouba a minha doçura

Andando pela noite escura,

Acompanhada apenas pela minha loucura

Estou viciosamente sem prazer

No devaneio de poder te ter

No apogeu da alucinação, no delírio do tremor

Arranquei sem medo o meu coração

Para não sentir mais dor

Na rua tão deserta, ouvi o sino badalar

Era hora de dormir, era hora de sonhar

Adeus cidade louca, pois eu não vou mais voltar

Lara Almeida
Enviado por Lara Almeida em 19/08/2013
Código do texto: T4441779
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