AGOSTO
Fagner Roberto Sitta da Silva
Onde guardar o amor e os sonhos vastos
que se foram como um canto de sereias
ou estavam escritos nas areias
de uma ampulheta de minutos gastos?
Onde encontrar a breve luz dos fastos
e recompor instantes que nas teias
ficaram, ou correndo pelas veias
se perderam nas matas e nos pastos?
Em que arca do tesouro as fantasias
e as ilusões perdidas são guardadas?
Talvez com a esperança mais os dias,
além das sensações e todo o gosto
vindo das alquimias resgatadas
transfigurando lento os céus de agosto!
18 de agosto de 2013.