Deitados no Chão
Deitado no chão sujo de humanidade
Mirando as poucas estrelas que brilham no céu
Perguntando-se se neles haveriam piedade
A perdoar quem tristemente ofusca o céu
Deitado no chão sujo, tão sujo...
Tão sujo quanto a alma que os profanaram
Transformaram-no em mais um despojo
E depois, simplesmente o abandonaram
Ainda assim, nesse mesmo chão sujo está deitado
Aquilo que somente as almas mais impuras abandonam
É apenas um pequeno garoto, esse coitado
Que deitado na podridão ainda sonham
E mesmo assim, prossegue deitado ao sujo chão
Com o lixo da vida consumindo no escuro a imensidão