Nuvem de ouro***
Quero uma estrofe cristalina, a derramar nos ares.
E de eco em eco, acordar no espaço.
Que ora interpreta o dissabor dos altares.
Ora um olhar, num afago carrego nos braços.
Uma frase apenas! passos imprudente!
Basta de enganos!amor que minh'alma consome.
Enfim enchi os ares de sombras ardentes.
Quase revelo, ao final de um verso, seu nome.
Enquanto em tua luz me ardo em pranto.
A meus olhos te revela, pura e calma.
Que tristemente me abriste chorando.
Inda mesmo que vejo, extinta chama, como pensas.
Preso tanto quem pulse esse mágico instrumento
Quando acaso busco as cores da tristeza sem ofensa!