Amanhecer

Às vezes a amargura me atordoa

E vejo só tristeza ao meu redor;

Então passo a pensar nas coisas boas,

Que sempre conquistei com meu suor.

Às vezes essa dor é coisa-à-toa;

Em outras ganha um peso bem maior,

Se lhe dou proporção ela amontoa,

E se lhe dou desprezo ela é menor.

E quando a escuridão da noite fria,

Envolve a minha alma atormentada,

Pela extrema chuva da melancolia.

Eu penso numa luz abençoada

Que é a luz da vida a cada dia,

Na benção divinal da madrugada.

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 17/08/2013
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