Madraço
Madraço
(Soneto Heróico)
Lá vai ele de volta ao seu azar…
Ao tal mal que lhe afiança a sua existência!
Lá vai ele infeliz… num palmilhar
Contrafeito, a cumprir a penitência.
Pobre homem, de semblante a suspirar
P´las praganas da vida sem paciência!
Que inconformado e triste ao trabalhar,
Vai ansiando a chegada à residência!
Lá vai ele feliz ao que lhe apraz…
De volta à pasmaceira, ao seu reinado
Onde afinal também nada é capaz!
Ah… até no descanso está esgotado!
Que vida tão cruel que nada traz…
E quão tortura este homem tão cansado.
André Rodrigues 10/8/2013