IRONIA

Eu te fiz tantos versos de saudade,

Num tempo que passou... Dias distantes,

Quando, então, a minha felicidade

Resumia-se apenas em instantes.

Nesse tempo, meus versos, na verdade.

Nunca foram tão vazios e minguantes

Como esses, agora, em que a saudade

Já não dói tanto quanto doeu antes.

Ao dizer-te da dor que não suportava,

Da saudade que tanto me machucava,

Eu já fiz tantos versos quantos quis

Agora, que teus carinhos me embalam,

Que ironia! Esses meus versos se calam

E não dizem o quanto sou tão feliz...

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Dedico este soneto à minha esposa DENY,

como prova de carinho e amor eterno.

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Jorge de Oliveira
Enviado por Jorge de Oliveira em 16/08/2013
Reeditado em 16/08/2013
Código do texto: T4437041
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