O POETA FINGE BEM
É linda a estrada em que eu ando
Banhado pelas águas um ipueira
Deslumbre lagoeiro, sigo andando,
Não há redemoinho e nem poeira.
Em vez de fantasia é bem verdade
Que nesse rio embarco com o vento
No curso a tristeza não invade
Torno possível, ledo, cem por cento.
Ó aflição! De ti quero distância
Em minh´alma os olhos lá na margem
São reais as pupilas, sem miragem.
Após um desafio real e elegante
Retorno para os braços da menina
A deidade da aldeia que me fascina.