O POETA FINGE BEM

É linda a estrada em que eu ando

Banhado pelas águas um ipueira

Deslumbre lagoeiro, sigo andando,

Não há redemoinho e nem poeira.

Em vez de fantasia é bem verdade

Que nesse rio embarco com o vento

No curso a tristeza não invade

Torno possível, ledo, cem por cento.

Ó aflição! De ti quero distância

Em minh´alma os olhos lá na margem

São reais as pupilas, sem miragem.

Após um desafio real e elegante

Retorno para os braços da menina

A deidade da aldeia que me fascina.

fcemourao
Enviado por fcemourao em 15/08/2013
Código do texto: T4435904
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