Paixão ingrata
Nunca vou te odiar por mais que tu tentes,
Pois não é e nunca será da minha natureza;
Como eu gostaria de ter essa clara certeza
Que apenas existíamos nas nossas mentes.
Como tu podes me prender nessa tristeza?
Nisso consiste a felicidade que tu sentes?
Que brilho é esse que está nas tuas lentes?
Buscas ainda prisioneiros para tua beleza?
Nenhum contato e nem nenhuma palavra,
O que tu fazes é o contrário da promessa,
Não esperava jóia desse tipo na tua lavra.
Agora vives em uma inexplicável pressa,
Só pode ser eu, e é fácil quando se livra
De mim, para fugires assim tão depressa.