É BOM SABER!


É BOM SABER!
Silva Filho


É bom saber o quanto eu te amo,
Ultrapassando os portais das reticências.
Noutra face das ambíguas aparências,
Nos matizes desses versos que declamo!

Na enxurrada fiz correr as evidências.
Falei ao vento desse amor que chamo.
Junto à roseira – reservei um ramo,
(As rosas não renegam as hortênsias).

Não pode o amor ficar assim indiferente,
Deixando o coração no abandono,
Quase sedado – um coração morrente!

Depois das folhas secas do outono,
Ressurge a natureza com viço promitente,
E o amor desperta do seu sono!