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SONETO À AUSENTE O [429]
 


Um êxtase incomum, talvez um rito,
o que passamos juntos, numa tarde.
E foi paixão... Amor que ainda arde
e se transporta às bordas do infinito.
 

Vogamos, sem destino, lado a lado,
pelas ruas iguais do bairro estranho;
e um cipoal de abraços foi tamanho,
que me perdi em ti, já deslumbrado.
 

Partiste, após... Senti, fiquei em ânsias,
e me esbarrei num paredão d’esperas,
na tentativa de estreitar distâncias.
 

Em ti pensando ainda, sempre e sempre,
constantes mais serão as primaveras,
razão por que tu’alma bem me adentre.
 

Fort., 14/08/2013.

 
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 14/08/2013
Código do texto: T4433877
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