TALVEZ, FACES

Teu olho me espia,
tenta me adivinhar.
Serei o assassino do dia
ou o último raio de luar?

Teu olho informa teu coração
e nada há, ainda, de verdade.
A última e inútil oração
poderá iluminar a cidade.

Mas nada dirá ao teu olho.
Nem mesmo a tola necessidade
da certeza dirá o que escolho.

Teu conforto talvez encontrasses
na flor que surge no fim da tarde,
nos contrastes, meu olhar; faces.

 
Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 13/08/2013
Reeditado em 16/08/2013
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