PRESSAGIOS. soneto-425.
Meu coração conjetura a presença,
Das agruras que a tempo me persegue,
E em vão procura em sua proficiência,
Conter a lágrima se o olho não consegue.
Ronda-me a vida insípida desventura,
Neste vazio que se encontra meu destino,
Amofinando-me a mercê de tal tortura,
Num indigesto e conseqüente desatino.
E como um sopro a tomar-me todo o ser,
Um pressuposto atormenta-me o viver,
De sentimentos que se ocultam em mim.
Minh’alma torce por livrar-se desse mal,
Nefasto ergástulo que prendeu-me afinal,
Oh como espero que tal fase tenha fim.
Cosme B Araujo.
12/08/2013.