BEM-TE-VI
Odir Milanez
 
 
Um bem-te-vi insiste em ser comigo,
mal se remete o sol ao outro lado.
Por si mesmo intentou ser meu amigo,
do jambeiro escondido no copado.
 
Três da tarde, ele vem para esse abrigo,
lá do alto desfralda o amarelado
e canta: “bem-te-vi!”. Se nada digo,
ele se liga ao canto duplicado.
 
Bem te vi numa tarde assim morrente,
quando passaste o passo em minha rua,
sendo dois bem-te-vis o olhar da gente.
 
O bem-te-vi cantando continua
porém não mais te vi passando à frente
da casa que eu quisera fosse tua!
 
JPessoa/PB
12.08.2013
oklima

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Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...

 
oklima
Enviado por oklima em 12/08/2013
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