Solidão
Enflora solidão nas minhas matas,
bravatas d’alma, que sozinha chora,
implora às forças dessas mil cascatas,
inatas, que ela parta com a aurora.
Senhora dessas caixas de Pandora,
ora vazias - mas coberta em pratas –
sensata e predadora, cobra mora,
espora minha tez com mil chibatas.
Nata tristeza que o meu ser devora,
explora (com a fúria dos piratas),
à cata de uma orquídea em minha flora,
caipora de unhas finas - como as gatas
pacatas - chega sem pudor, demora,
Senhora de meu ser, de longas datas.
.
Brasília, 10 de Agosto de 2013.
ESTILHAÇOS, p. 27
Sonetos selecionados, pg. 74
Enflora solidão nas minhas matas,
bravatas d’alma, que sozinha chora,
implora às forças dessas mil cascatas,
inatas, que ela parta com a aurora.
Senhora dessas caixas de Pandora,
ora vazias - mas coberta em pratas –
sensata e predadora, cobra mora,
espora minha tez com mil chibatas.
Nata tristeza que o meu ser devora,
explora (com a fúria dos piratas),
à cata de uma orquídea em minha flora,
caipora de unhas finas - como as gatas
pacatas - chega sem pudor, demora,
Senhora de meu ser, de longas datas.
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Brasília, 10 de Agosto de 2013.
ESTILHAÇOS, p. 27
Sonetos selecionados, pg. 74