Pai

Saudades daqueles tempos, das tarde lá na fazenda

Do campear do rebanho, do atirar milho as galinhas

Dos porcos lá no chiqueiro do cercado e sua fenda

Do verme inserido no anzol atados a varas e linhas!

Da noite de shows, estrelada pelo negro e pela lua

Do coaxar do sapo no brejo, dos grilos cricrilando

E das estradas empoeiradas, não conhecíamos rua

Tudo me faz lembrar o senhor, ainda hoje pensando!

A roupa para ir à missa, o sapato, até tinha gravata

Acordava na madrugada, pois o batente o esperava

Não tinha desculpas com sol, com chuva trabalhava!

Coautor da minha existência, presença, afeto e calor

Disciplina, princípio sem se importar com aparências

E partiu, agora tenho que conviver com reticências.

Uberlândia MG

http://raquelordonesemgotas.blogspot.com.br/

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 10/08/2013
Código do texto: T4428197
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.