Soneto do Sentimento Passageiro

Do nada tirei meu tudo,

Silencioso, brando e mudo,

Feito o breu da desunião,

Que clareia essa decepção.

Fatídica ao coração,

Meu sentimento apático,

Faz-se vital os meus poemas,

Meu oxigênio prático.

Absorvendo cada letra,

Formando duras palavras,

Extraídas da lavra seca.

Do pensar, que te rondava,

Fui colhe-la tão enojado,

Lindo fruto já estragado.