Infância
Infância
(Soneto Heróico)
Quando o mundo era esbelto… grande e puro,
Doce esperança, em mim via a irromper!
Tudo nele eu fitava a incandescer,
E o futuro longínquo não era obscuro.
Quando eu não precisava deste muro,
Onde agora me embrenho a apodrecer…
Jamais vaticinava tal sofrer,
Ou que ser homem, viesse a ser tão duro!
Era o tempo… em que o mundo era mais belo!
Onde tudo o que vinha era bonança,
E o carinho e o afeto exuberantes.
A alegria… abraçava-me em forte elo,
E eu era dos meus pais terna criança!
Mas agora… já nada é como dantes.
André Rodrigues 6/8/2013