Soneto da Última Via

Sigo poeta, passos desajustados,

triste o caminho, pedras pontiagudas;

imaginações cruas, sonhos alados,

e todas as poesias são perpetradas.

Sigo poeta, de ilusões imbricadas,

rimo o caminho, trechos obstinados;

indagações puras, falas premidas,

e todos os versos são renovados.

Sigo asceta, concatenações fatais

deliberando imagéticas nuas surreais

transcritas e prescritas no caderno

da fábula acometida no inverno;

mas ainda existem estórias incompletas

e a última via do soneto é discreta.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 08/08/2013
Código do texto: T4424914
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