Desterro
Edir Pina deBarros
A tempestade cai violentamente,
a retorcer os galhos das mangueiras,
que ficam nas barrancas, pelas beiras
do rio Cuiabá, em plena enchente.
Coleia o velho rio - uma serpente -,
as revoltosas águas vão ligeiras,
formando mil rebojos, corredeiras,
varrendo o que ele encontra pela frente.
Retorce uma mangueira na barranca,
do jeito que contorce uma potranca,
ferida por voraz, cortante espora.
Vencida e nua, expostas as raízes,
fragilizada, desde as cicatrizes,
rangendo cai. E roda rio afora.
Brasília, 7 de Agosto de 2013.
Livro: Poesia das Águas, pg. 53
Edir Pina deBarros
A tempestade cai violentamente,
a retorcer os galhos das mangueiras,
que ficam nas barrancas, pelas beiras
do rio Cuiabá, em plena enchente.
Coleia o velho rio - uma serpente -,
as revoltosas águas vão ligeiras,
formando mil rebojos, corredeiras,
varrendo o que ele encontra pela frente.
Retorce uma mangueira na barranca,
do jeito que contorce uma potranca,
ferida por voraz, cortante espora.
Vencida e nua, expostas as raízes,
fragilizada, desde as cicatrizes,
rangendo cai. E roda rio afora.
Brasília, 7 de Agosto de 2013.
Livro: Poesia das Águas, pg. 53