ABRIGO...
Hei de morar naquele céu sem fim;
Deitar no chão daquelas nuvens belas;
Soprar estrelas parecendo velas;
Cingir a órbita da Terra em mim...
E, ao olhar na noite clara, assim,
Deixar minh’alma adormecer, singela,
Deitada, ali, nas ternas vagas dela;
Sentir que é flor, tão pura, ingênua, enfim...
E digo mais, ó meu amor, te digo,
Tu vais ali, eu sei, também, comigo,
Tão delicada e tão feliz te vejo...
Meu coração é teu melhor amigo;
Aquele céu é meu profundo abrigo,
Se tu me dás enternecida um beijo!
Arão Filho
São Luís-MA, 06/08/2013