EXPLOSÃO
EXPLOSÃO
Joyce Sameitat
Num muro obscuro por muitas heras forrado;
No nanquim da noite que sombras espalha;
Vejo um céu por estrelas de leve pontilhado;
Pois a iluminação da cidade todas atrapalha...
Tenho saudades dos breus nas praias;
Que tornavam a abóboda celeste límpida...
Onde olhava pasma por horas infindas;
E sentindo no vento a força de sua vaia...
Mas cá estou eu neste muro bem plantada;
Em meio as pequenas folhas tão suaves...
Banhando-me toda nestes seres estelares;
Que me deixam de orvalho bem encharcada...
E conforme vai caindo o sereno e madrugada;
Meu coração se rompe e explode em luares...
SP - 05/08/13