Nostalgia

Na solidão habita um grito mudo
Da dor pungente, que navalha o peito,
De uma saudade que, invadindo o leito,

Devora nosso corpo, em alma, e tudo.

De nada vale o gládio, nem o escudo,
Para conter o seu profundo efeito,
Porque o penar por grande amor desfeito
É sempre tão voraz, demais sanhudo.

Na mágoa que transforma meus sentidos;
Duma manhã que o tempo esconde em mim,
Os dias meus que foram tão sofridos.

Na vida que hoje vivo espero o fim:
Estou farta de sonhos mais perdidos,
Oh, sorte! Que tristeza estar assim!


AUTORES : Angelo Augusto & Edir Pina de Barros
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) e Ângelo Augusto
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 05/08/2013
Código do texto: T4421079
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