CANTO DE SEGUNDA
Na solidão do canto em que padeço
toda a amargura de cantar meus ais,
sei que te amei demais desde o começo;
sei que sem ti não há viver, nem paz.
E quando o sol me chama e vem travesso,
querer brincar nas sombras dos quintais,
brinco com ele, mas sequer me aqueço,
nem mesmo o sol já não me aquece mais.
Apenas versos tristes, sem transporte,
enchem-me as horas longas, vagarosas,
como se a vida fosse apenas sonho.
Persigo as sombras num vagar tristonho,
tão distraída, nem percebo as rosas,
não há espinhos com que inda me importe...
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