As culpas
Depois que fugiste aos meus olhos
tua imagem me veta a razão,
teu corpo aflige meus sonhos,
e à noite só resta teu 'não'.
Mas culpa de tal negativa
não parte do teu charme louco,
não busca minh' alma ferida
nem sabe do meu pranto rouco.
As culpas do meu devaneio
são minhas: nas mãos que te querem,
na dura lição que me veio,
na linda canção que me fere.
Pois dita que um beijo em teu seio
não é um dos meus, que preferes.