ESPAÇO DA MEMÓRIA
Ao viajar pelo espaço da memória,
Encontro o meu horizonte tão cinzento,
Coberto pela nuvem deste isento
E atroz meu pensamento, em forte história
A que dos meus momentos sem ter glória,
Encontra-se o segredo solto em vento
Agreste, espedaçado de cimento;
De tão desmensurada e fraca vitória,
De alma feita em divina segurança,
A que vive de duro meu deserto;
Como pedaço em carne da aliança
Desfeita em coração, que causa aperto
Na voz de arma da sorte em grande lança;
Que deixa assim meu céu de amor coberto!
Angelo Augusto