Inominável amor

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É que minh’alma clama a dor da ausência insana.

E meu corpo, atrevido, insiste amar o teu.

Tenho sonho gigante: desonrar a dama

que, sem aviso, louca, jogou-me no breu.

Se guardei tudo n’alma, a dor que clama, calma,

pede mais atenção! Grito – peço silêncio...

Ante a desesperança, tua fala me acalma.

Esboço um soluçar e recebo teu lenço.

Vivemos para amar, sonhamos para estar...

Pois que do fútil espanto, esbarrando no toque,

É que brota a emoção! Permitir-se é sonhar...

Desejo e – mais – confesso: no amor que mal há?

Toda súplica vã faz qualquer vida má...

Do espanto da ilusão nasceu sereno mote.

Crato-CE, 3 de Agosto de 2013.

18h57min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 04/08/2013
Código do texto: T4419449
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