Inominável amor
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É que minh’alma clama a dor da ausência insana.
E meu corpo, atrevido, insiste amar o teu.
Tenho sonho gigante: desonrar a dama
que, sem aviso, louca, jogou-me no breu.
Se guardei tudo n’alma, a dor que clama, calma,
pede mais atenção! Grito – peço silêncio...
Ante a desesperança, tua fala me acalma.
Esboço um soluçar e recebo teu lenço.
Vivemos para amar, sonhamos para estar...
Pois que do fútil espanto, esbarrando no toque,
É que brota a emoção! Permitir-se é sonhar...
Desejo e – mais – confesso: no amor que mal há?
Toda súplica vã faz qualquer vida má...
Do espanto da ilusão nasceu sereno mote.
Crato-CE, 3 de Agosto de 2013.
18h57min
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