Um Alexandrino?

Há um resto esquecido pelo avesso

É um terço do que pede a equação,

Sim ou não nos extremos ditam o verso

Que, inverso, viaja sem direção.

Contra mão da poesia, me envaideço

De começo, como é dura minha mão!

Nega o pão ao soneto, que - possesso -

Só procura um pretexto, queira ou não.

Não faz sentido o quadrado dos catetos,

Rasgo o folheto que em meus versos ocultava,

Arranco a trava da razão, monto quartetos,

Que levam meu soneto até a oitava...

Já são doze, mais dois: Um Alexandrino?

Recolho este profano... Meu menino!

JRPalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 04/08/2013
Reeditado em 09/01/2015
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