O FANTASMA DOS MEUS MALES
O fantasma da noite que cercava
A minha alma, de sua vil candura;
Que assim por todos meios mais tentava,
Levar o amor, paixão, de tal loucura
Que sou feito, do sangue que me dava,
Como um veneno atroz, sem ter a cura;
E que por mim o mal carnal entrava
Sem ter nunca esperança já futura.
O fantasma dos males meus, que tanto
Perigo me surgia, escureceu,
Pelo louco refúgio, a olhar de canto;
Via, que a solidão, não me venceu,
Nem o seu mau propósito do manto
Negro, e jamais o meu amor morreu...
Angelo Augusto