O FANTASMA DOS MEUS MALES

O fantasma da noite que cercava

A minha alma, de sua vil candura;

Que assim por todos meios mais tentava,

Levar o amor, paixão, de tal loucura

Que sou feito, do sangue que me dava,

Como um veneno atroz, sem ter a cura;

E que por mim o mal carnal entrava

Sem ter nunca esperança já futura.

O fantasma dos males meus, que tanto

Perigo me surgia, escureceu,

Pelo louco refúgio, a olhar de canto;

Via, que a solidão, não me venceu,

Nem o seu mau propósito do manto

Negro, e jamais o meu amor morreu...

Angelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 04/08/2013
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