Soneto ao Canto Triste lá na Gaiola

D’um sopro fresco o olor da natureza

regando a flor na leve dor, suspiro

e um arfar tão doce qu’eu respiro

relembrando o ensejo de uma tristeza.

Tão longe o olhar desse meu pensamento

que vaga a estrada batida da vida

deixando marcas sulcadas na lida

e um rastro espesso desse movimento.

São noites, são dias, dentro dos espelhos;

mergulhos profundos no lago de mim

reflexos convexos de olhos vermelhos

e um canto mestiço de um mandarim

atravancado e surrado à sua gaiola

pois sua liberdade o homem degola.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 02/08/2013
Código do texto: T4416630
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