Soneto de um Ranger do Tempo
Rangeu a porta aberta do destino
que assim já foi grafado nas estrelas,
escrito onde o mirar não pode vê-las
traçando as vias longas de um menino.
Rangeu a dobradiça do infinito
tão longe que o soar foi estridente
tal qual alma rangendo os dentes;
e o novo passo foi circunscrito.
E o tempo é um vento metamórfico
ecoando no vazio seu estribilho
em nódoas de um caráter horrífico
que olha a vida ambígua sem titubear;
e o entendimento é o poder de amar
que traz de volta ao verso o seu brilho.