Devaneio
Edir Pina de Barros
À sombra das mangueiras majestosas
Adormeci, ouvindo passarinhos
Que, aos poucos, retornavam aos seus ninhos,
A pipilar, contando tantas prosas.
Araras, como sempre, escandalosas,
Pousando nos coqueiros dos caminhos,
Trocavam mil afagos e carinhos,
Virando os seus olhinhos, tão dengosas.
A tarde declinava bela e triste,
Depois de um dia calmo e assim risonho,
e o sol morria, feito um velho antiste.
Mas quando um urutau cantou tristonho,
Um canto que ainda agora em mim persiste,
Eu despertei. E tudo foi um sonho!
Edir Pina de Barros
À sombra das mangueiras majestosas
Adormeci, ouvindo passarinhos
Que, aos poucos, retornavam aos seus ninhos,
A pipilar, contando tantas prosas.
Araras, como sempre, escandalosas,
Pousando nos coqueiros dos caminhos,
Trocavam mil afagos e carinhos,
Virando os seus olhinhos, tão dengosas.
A tarde declinava bela e triste,
Depois de um dia calmo e assim risonho,
e o sol morria, feito um velho antiste.
Mas quando um urutau cantou tristonho,
Um canto que ainda agora em mim persiste,
Eu despertei. E tudo foi um sonho!