Soneto de um Amor sem Plenitude
Do beijo um amor inexistente
vivido de ilusão e plenitude
guardando os rastros dentro do ataúde
no ás um tanto quanto complacente.
Do beijo o gosto seu é permanente
e a alcova tão perfumada é amiúde,
olhares vivos de concretude
que embalam sonhos na minha mente.
Do beijo um gosto assim de solidão
e a voz certeira é foz de nostalgia
arrebatando a luz dessa alegria
e o sentimento faz-se rarefeito
na gesticulação parca ao leito;
que fere a ferro e fogo o coração.