Soneto da desilusão
Das flores mais perfumadas respirei
Mil vezes minha razão interroguei
E com grandes felicidades e dúvidas
Meu coração eu completei
Se? Será? Se não?, no fim
O não é sempre a melhor resposta para o amor
O não que nos desilude, o não que não dejamos
O não que é um amigo, o não que nos desperta
Sozinho, o não nos lembra dos perfumes das flores
Das noites sem dormir, dos sonhos ilusórios
Do tempo perdido, dos desejos extintos
Agora, no escuro do pré amanhecer
O não me cobra respostas urgentes para o futuro
Futuro que espero com o coração ansioso e desiludido.