PAGO O PREÇO DO TEU CONTENTAMENTO

Eu contento-me em vida sempre triste;

Pago o preço do teu contentamento,

Nem que por isso viva meu lamento,

A ver já dos meus olhos que partiste.

No maior bem que assim melhor te assiste,

Pesa-me o maior mal do meu tormento;

Que não pode parar no esquecimento,

Se sempre assim lembrar que me mentiste.

No meu pranto em verdade eternamente,

E tu mesmo contente da mentira,

Vives como se fosses dela crente!

Que sorte desta falsa e má safira,

Deste triste passado tão presente,

E um futuro que amor jamais me tira.

Angelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 01/08/2013
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