QUANDO ME CHAMAS...
Não são de mim tuas palavras,
Mas os meus lábios a ti seguir,
Repetem o ardor, a voz amada,
Complacente no que a tua decidir.
Se me jogas as rés de tua fala,
Suporei algum singelo sentido,
Negando coração por desmentido,
Neste instante que ele se cala.
Não que o queira, mas em suspiro,
Do ouvir teu sussurro em canto.
Nas notas do perfume que respiro.
Enquanto vou melodia decifrando,
Por tê-la nesse mote por encanto,
Nesse ato aos teus braços me atiro.