SINA DE AGOSTO

O sol descamba nímio na costura

irregular talhada por serras...

Para trazer calor à imensa terra,

e à vida, essa ínfima postura!

Que ao perpassar, o tempo soterra,

para o véu do atro __(in)dócil candura!__

Com o tempo mudável, que dura

trinta e um sóis que a existência encerra!

Teus rijos dias trazem as mudanças,

no decorrer irrefreável do ano,

transformando quimeras em desgostos...

E, coitado daquele que se lança,

no viver duro do cotidiano, a

modificar a sina de agosto!

Miguel de Souza
Enviado por Miguel de Souza em 31/07/2013
Reeditado em 31/07/2015
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