Soneto do Beijo da Vida na Morte

És vida plena, sorriso e primazia,

daquele acorde o beijo sustenido

e no espelho um gesto, um alarido;

e na pupila o amor então luzia.

És morte plena, prantos e sussurros

e o harpejo agora soa em mi menor,

no leito entrelaçados nesse suor;

sonhando viscerais versos esturros.

És morte, és vida, instantes siderais;

jardins tolhidos, luzes universais,

e o passo é árduo no longo caminho

que entende as vias trilhadas sozinho

além de tudo que concerne a razão;

somente deixar viver essa paixão.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 31/07/2013
Código do texto: T4412744
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