Agora é tarde, Inês é Morta.
Acabou-se então, nossa paixão
acabou-se o samba e o respeito
nosso soneto de amor imperfeito
que nunca virou canção
Ainda dispara o meu peito
com um tanto de inquietação
talvez o álcool, ou a solidão
tenham lhe posto deste jeito
Escrevo agora, para ninguém
Essas palavras que me vêm
e ninguém lê, ninguém se importa
Não se arrependa, então, meu bem
do dia em que me bateu a porta
Pois agora é tarde. Inês é morta.