Luta noturna
Naquela noite em que teu nome
me habitou o pensamento
virou açoite o telefone
que me engana em seus intentos.
Suando a mão, sinal do peito,
eu quis buscar alguma força;
e enquanto o 'não' era suspeito,
o 'sim' já estava numa forca.
O sim: suspiro de desejo.
O não: a fonte d´água 'inseca'.
Um era o rio do qual não bebo.
O outro, a ponte que despenca.
E desta luta sobra um beijo:
aquele em que tu me dispensas.