Luta noturna

Naquela noite em que teu nome

me habitou o pensamento

virou açoite o telefone

que me engana em seus intentos.

Suando a mão, sinal do peito,

eu quis buscar alguma força;

e enquanto o 'não' era suspeito,

o 'sim' já estava numa forca.

O sim: suspiro de desejo.

O não: a fonte d´água 'inseca'.

Um era o rio do qual não bebo.

O outro, a ponte que despenca.

E desta luta sobra um beijo:

aquele em que tu me dispensas.

Alex Gois
Enviado por Alex Gois em 30/07/2013
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