Soneto de um Vislumbre no Espelho

Laborioso esse penar, escasso;

e o cerne vivo não padece

ao grito mudo que estremece

no eco surdo desse mundo crasso.

Voluptuoso o seu olhar, desfaço;

e fujo os becos dessa encenação

rasgando flores no meu coração

e a inspiração constante eu caço.

Agora muda-se rima em destreza,

muda-se o passo, amor e fortaleza;

então o riso agora uma ribalta

e a voz é grito em uma nota alta

quando no espelho senti sua falta;

deixei assim partir minha natureza.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 30/07/2013
Código do texto: T4411270
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.