Soneto das Juras Inexistentes

Retesado como o arco esse verso

e a flecha que perfura o coração

fere tal qual estrofe sem coesão

então tudo provém do meu anverso.

E a linha que averíguo é retilínea

qual horizonte distante e opaco

desse soneto de um dia tão parco

onde o olhar percorre a tez velutínea.

Se fosse noite e eu entre seus braços

a minha face nua se iluminaria

ao me entregar aos seus abraços,

nosso amor feito torpor então seria;

rabiscos velhos cheios de rasuras

e, minha poesia seria suas juras.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 30/07/2013
Código do texto: T4411259
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