MINHA GUERRA

Aqui, em minhas mãos, carrego a arma

que tenho utilizado em loucos crimes...

Pobre de mim, que miserável carma,

quisera ter intentos mais sublimes...

Mas eis que vago como um mercenário

a serviço talvez da própria sorte

que, sem nenhuma paga, tão precário,

a si mesmo se nutre e é duro e forte.

Sim, eis que vou armado em meu intento,

sem me importar com a glória do futuro;

vago vazio, envergo vime e vento,

e na guerra que travo, limpo e puro,

verto meu próprio sangue na agonia,

transformo minhas dores em poesia...

Kleiton Muniz
Enviado por Kleiton Muniz em 30/07/2013
Reeditado em 30/07/2013
Código do texto: T4410852
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