Venéreo
Venéreo
De coito em coito pelos lupanares;
Sedento de prazer da vida espurca;
Gaba-se do prato que outrem esputa;
Lascivo, faz dos alcoices seus altares.
Hospedeiro das pragas seculares;
Vil e fatal veneno tal qual cicuta;
Coleciona as conquistas sem disputa
Pelas esquinas, praças, becos e bares.
De todo venéreo n'alma inveterado,
Sem importância de ter uma sã conduta,
Só o cárneo é seu etéreo e é venerado.
E de cama a cama em que se comuta
Tem o prazer do prazer ora comprado
Com troco e sem o prazer duma prostituta.
BetoAcioli
29/07/2013