Soneto ao poeta Carlos Porfírio

Partiste amigo, deste mundo ingrato

Levaste contigo a solidão imensa

Viveste amigo, na total descrença

E findaste a vida no anonimato

Foste poeta e companheiro grato

Cantaste a vida como a gente pensa

Eu não sei dizer qual foi a tua crença

Mas sei provar que foste amigo exato

Andei contigo pelo mundo afora

Morreste amigo, mas eu lembro agora

Das noites belas no sertão virente

Cantiga simples e dinheiro pouco

E tu, amigo, cantavas como louco

A vida triste do infeliz carente.

Soneto de autoria do poeta e ex-repentista russano Antonio Agostinho, hoje homem dedicado às letras, em homenagem ao poeta cantador Carlos Porfírio falecido a 31 de maio de 2013 no sítio Lagoa dos Cavalos, interior de Russas

Agamenon violeiro
Enviado por Agamenon violeiro em 29/07/2013
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