MEU EGO
Em minhas rugas mora minha saudade,
Mora também a desilusão, o desencanto;
Sou um espelho na parede, longe da vaidade,
Do sorriso que deixei dando lugar ao pranto.
Acordo cedo, porque é cedo que o dia amanhece.
Acompanho o dia junto a um forte desânimo frio,
Igual a um gelo que mora em minhas veias. Padeço
Lá fora de toda beleza. Sou quem fecho ciclo do cio.
Sou uma quase alma penada sem graça caminhando
Por caminhos de pedras, sem quaisquer plantações,
Procuro na mísera paisagem o toque belo do colorido;
O mesmo colorido que em mim sempre vivi sonhando
Quando aqui dentro havia muitas esperanças e emoções.
Despojada estou em desespero com meu coração ferido.
DIONÉA FRAGOSO