Intento que tento atentamente.
Sou um poeta sem lei, sem um canto,
Sem solfejo, num canto rezo a sorte
Que meu mote não viu nem um tanto,
Pro espanto tenaz que me entorte.
Vasto corte, poesia sem manto
Entretanto inda fujo da morte;
Há um norte onde habita meu santo
Desencanto é meu encanto mais forte...
Junto letras, palavras, portanto,
Pra ver pronto o verso e o poema
O dilema há de entender o quanto
Quero-me solto sem a chave da algema.
Há um lema a atiçar casta mente
Pra num repente ver a arte bem rente.
JRPalácio